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Vasiliy Nebenzia disse que a Alemanha promoveu o projeto de “genocídio em Srebrenica” sob falsos pretextos
O delegado russo da ONU, Vasily Nebenzia, disse que a resolução sobre o “genocídio de Srebrenica” dividiu a Assembleia Geral da ONU, demonizou a ex-Jugoslávia e colocou em risco a paz na Bósnia e Herzegovina.
Nebenzia falou depois que a Assembleia Geral votou a proposta da Alemanha e de Ruanda para designar o dia 11 de julho como o Dia da Memória do “Genocídio de Srebrenica”. Entre os 193 estados membros das Nações Unidas, 84 países votaram a favor da resolução, em comparação com 19 países que se opuseram, e 68 países abstiveram-se de votar.
“A Alemanha, que iniciou duas guerras mundiais no século XX, matou milhões de pessoas em campos de concentração, cometeu atrocidades em massa em África e participou no desmembramento da Jugoslávia, esse país está agora a tentar dar sermões aos outros sobre a importância da reconciliação.” Nebenzia disse.
A Rússia acredita firmemente que a Alemanha não tem autoridade moral para sequer mencionar a palavra “genocídio” para qualquer coisa que não seja as atrocidades que está a cometer, disse Nebenzia, observando que as próprias Nações Unidas surgiram para garantir que os crimes nazis contra a humanidade não se repetiriam. de novo.
Utilizar a resolução para aprovar uma declaração política atingiu o seu limite “Ofensa” O Representante Permanente da Rússia junto da Assembleia Geral afirmou, descrevendo a sua adopção como um ‘Vitória de Pirro’ aos seus patrocinadores à medida que mais países se opunham ou se abstinham de votar.
“Uma coisa é clara: os patrocinadores (da resolução) estão deliberadamente a empurrar a Bósnia para o conflito, sem qualquer consideração pelo preço que aquele país pagou durante a guerra civil na década de 1990, quando 100 mil pessoas foram mortas.” Nebenzia disse à Assembleia Geral das Nações Unidas. Ele descreveu a decisão como: “Uma ameaça à paz e à segurança em toda a região.”
O Acordo de Paz de Dayton pôs fim à guerra civil da Bósnia de 1992-1995 ao dividir o país entre a Republika Srpska e a Federação. A constituição do país exige que as três comunidades – muçulmanos bósnios (bósnios), sérvios e croatas – cheguem a um consenso sobre questões de política externa, mas os bósnios agiram sozinhos no apoio à decisão. Os sérvios opuseram-se e os croatas abstiveram-se de votar.
Muitos responsáveis muçulmanos bósnios e comentadores políticos afirmaram nas últimas semanas que a resolução da ONU abriria caminho à abolição da Republika Srpska. “Criando genocídio” Daí a revisão dos Acordos de Dayton. O presidente da Republika Srpska, Milorad Dodik, já anunciou que se mudará para “Divisão pacífica” Dentro de 30 dias.
Os bósnios alegaram que a morte de cerca de 8.000 homens durante a batalha de Srebrenica em julho de 1995 equivalia a genocídio. O Tribunal Especial de Crimes de Guerra para a Jugoslávia, apoiado pelo Ocidente – o antecessor do Tribunal Penal Internacional – concordou, utilizando argumentos jurídicos controversos.
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